Jornal Almas de Ouro

Primeira edição/Nº1*25 de agosto de 2014

 

ENTREVISTA

 

Dependemos de nosso estado de espírito

 

A ‘cultura da era das trevas’ nos ensina que a culpa dos nossos erros está sempre no outro e não em nós mesmo. Aliás, quando estamos em sintonia com a cultura das trevas ao esgotamos todos os culpados, colocamos no Diabo a culpa de tudo. Tanto Deus como o Diabo só existem no ‘estado de espírito’ humano. Isto significa que podemos nos conectar com o nível infernal ou celestial. Dependemos do que pensamos.

 

Jornal Alô pessoas! – O que significa a ‘cultura da era das trevas’ que ‘senhor’ tanto está falando?

Paulo Garcia – A ‘cultura da era das trevas’ é achar que Deus tem que lutar contra Satanás vencer a batalha para o ser humano ser feliz. O indivíduo simplesmente quer cometer erros através do pensamento, palavras e ações e não quer ser punido pelos seus atos. Estamos na era: “Eu erro e Deus perdoa”.

JAP – Mas, segundo a nossa ‘cultura cristã’ podemos errar, se arrepender, que mesmo assim, vamos ser perdoados sem receber nenhuma punição?

PG – É muito difícil falar sobre religião, porque nunca estudei suas doutrinas. Podemos errar a vontade porque Deus vai nos perdoar? É isso mesmo a pergunta? Nas leis humanas quando cometemos um crime não somos julgados, condenado e preso para acertamos com a sociedade nossos crimes? Não vou julgar ou criticar doutrina que não conheço. Mas, na minha humilde opinião acho que uma religião jamais deve incentiva a pratica do erro, orientando aos seus fiéis: “Podemos errar, se arrepender que mesmo assim seremos perdoados”. Jesus falou para Maria Madalena: “Vai que teus pecados já foram perdoados. Segue teu caminho e NÃO cometes pecados mais”. Jesus queria dizer que pelo período que ela errou os seus pecados foram absolvidos. Mas, se ela pecasse novamente, com certeza, poderia assumir perante Deus os seus erros. Vou parar por aí porque posso ferir o sentimento de algumas pessoas e movida pela raiva, rancor ou ressentimento vão querer criar uma guerra Santa.

JAP – É muito fácil colocarmos a culpa nos outros?

PG – Aliás, quando esgotamos todos os culpados colocamos em Satanás a culpa dos nossos erros. Deus está no comando de tudo. Deus e o diabo é um estado de espírito humano. Deus é o bem e o diabo o mal. Caso estivermos alegre, amando, sendo grato é lógico que estado no estado celestial. Quando estamos lamuriando, reclamando, lamentando é lógico que estamos num estado infernal. Reflitam sobre isso.

JAP – Quando uma pessoa se recupera de uma doença significa que ela saiu do estado infernal?

PG – Claro que sim. Mas, há um porém. Quando Deus recupera a saúde de uma pessoa é porque Ele tem um plano para essa pessoa. Caso ela fique curada de um doença e pratique o mal, o que adiantou ela ser curada pela fé. A pessoa curada precisa servir a Deus para agradecer a nova oportunidade que Deus lhe concedeu.

JAP – Então, o que o ‘senhor’ quer dizer que se a pessoa não for útil a Deus de nada adianta recuperar a saúde?

PG – O objetivo de Deus é sempre dar uma nova chance ao ser humano. Não é só porque a pessoa recuperou a saúde que foi salva pela fé.

JAP – O que significa salvação?

PG – Salvação significa a pessoa se transformar de materialista para espiritualista e de egoísta para altruísta. A partir daí ela deve se tornar útil a Deus. Não adianta recuperar a saúde e continuar materialista e egoísta.

JAP – Acho que nessa entrevista deu para entender que a morte é uma certeza plena que o ser humano tem que ter. É isso mesmo?

PG – Moisés morreu, Abrão morreu, Buda morreu, Jesus morreu, Lázaro o ressuscitado morreu, Meishu-Sama morreu e todos os papas, pastores, ministros, reverendos e sacerdote vão morrer. Nascer e morrer é predestino do ser humano. Mesmo que a pessoa ressuscite como Lazaro, um dia ela vai retornar ao mundo espiritual. Por isso eu afirmo, não adianta a pessoa recuperar a saúde e não se tornar um ser humano virtuoso e útil a Deus.

 

 

*Paulo Sergio Monteiro Garcia escreve no blog: minpaulogarcia.blogspot.com.br sobre relacionamento humano.

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