Lazaro nasceu nesta vida como filho de Deus
Existem seres humanos que andam, falam,
ouvem, mas, que estão mortos por causa da natureza humana, repleto sentimento
de ódio, vingança, ira, raiva, fúria e outras coisas do nível. E, tendo dito
isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora. E o defunto saiu, tendo as
mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes
Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir. As feridas de Lazaro são os sentimentos
negativos.
Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, de betânia, aldeia de Maria e de
sua irmã Marta. E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento, e
lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava
enfermo. Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo
aquele que tu amas.
E Jesus,
ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de
Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela. Ora, Jesus amava a
Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda
dois dias no lugar onde estava. Depois disto, disse aos seus discípulos: Vamos
outra vez para a Judéia. Disseram-lhe os discípulos: Rabi, ainda agora os
judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para lá? Jesus respondeu: Não há doze
horas no dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo;
Mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz. Assim falou; e depois
disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. Disseram,
pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Mas Jesus dizia isto
da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono. Então Jesus
disse-lhes claramente: Lázaro está morto; E folgo, por amor de vós, de que eu
lá não estivesse, para que acrediteis; mas vamos ter com ele. Disse, pois,
Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com
ele. Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na
sepultura. (Ora Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios). E muitos
dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão. Ouvindo,
pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou
assentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui,
meu irmão não teria morrido. Mas também agora sei que tudo quanto pedires a
Deus, Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. Disse-lhe
Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia. Disse-lhe
Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto,
viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? Disse-lhe
ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir
ao mundo. E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo:
O Mestre está cá, e chama-te. Ela, ouvindo isto, levantou-se logo, e foi ter
com ele. (Pois, Jesus ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar
onde Marta o encontrara). Vendo, pois, os judeus, que estavam com ela em casa e
a consolavam, que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na,
dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali. Tendo, pois, Maria chegado aonde
Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu
estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Jesus pois, quando a viu chorar,
e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e
perturbou-se. E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem, e vê Jesus
chorou. Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava. E alguns deles disseram:
Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não
morresse? Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio ao
sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela. Disse Jesus:
Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque
é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a
glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus,
levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres
ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão
que está em redor, para que creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isto,
clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e
os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus:
Desligai-o, e deixai-o ir. Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a
Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele. Mas alguns deles
foram ter com os fariseus, e disseram-lhes o que Jesus tinha feito. Depois os
principais dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho, e diziam: Que
faremos? porquanto este homem faz muitos sinais. Se o deixamos assim, todos
crerão nele, e virão os romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação. E
Caifás, um deles que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada
sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não
pereça toda a nação. Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo
sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não
somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que
andavam dispersos. Desde aquele dia, pois, consultavam-se para o matarem. Jesus,
pois, já não andava manifestamente entre os judeus, mas retirou-se dali para a
terra junto do deserto, para uma cidade chamada Efraim; e ali ficou com os seus
discípulos. E estava próxima a páscoa dos judeus, e muitos daquela região
subiram a Jerusalém antes da páscoa para se purificarem. Buscavam, pois, a
Jesus, e diziam uns aos outros, estando no templo: Que vos parece? Não virá à
festa? Ora, os principais dos sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem para
que, se alguém soubesse onde ele estava, o denunciasse, para o prenderem. João: 11/Versículo:
1 a 57.
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