MENSAGEM DO DIA

Data da publicação, 25 de outubro de 2015.

Primeiramente a vida humana

Certo dia ouvir um relato de uma pessoa que me comoveu imensamente. Apesar de ele sempre me criticava porque eu pertenço a uma religião de origem japonesa, mas, foi a mim que ela recorreu num momento de angustia porque se encontrava muito magoado com a religião que professava. Isto significa que somos irmão em Deus e não na religião. A história é essa: “Uma sobrinha desta pessoa era membro da mesma religião que ele e aparentemente estava tudo bem com ela. Ela participava das correntes de orações, dava testemunho de prosperidade e fazia desafio no donativo quando era solicitada. Então, com uma pessoa tão abençoada por Deus não havia com que se preocupar. Mas, na verdade não estava nada bem com ela porque essa pessoa matou a filha e cometeu suicídio. Quando ele foi procurar a referida religião para esclarecer o que havia acorrido, o sacerdote disse a ele que sua sobrinha morreu porque não tinha fé suficiente para agradar a Deus. Depois ele ouviu de outro fiel que ela passava por dificuldade financeira e que aquela alegria e felicidade eram apenas para mostrar aos outros frequentadores desta religião como Deus tinha preferência por aquela religião. E que quando ela veio se aconselhar com o sacerdote responsável pelo templo ele simplesmente falou com ela: ‘Tenha fé que isto passa’. Logo, depois, movida pela fome ela cometeu a tragédia do suicídio. Como Deus está no comando de tudo, três depois esse sacerdote retornou ao mundo espiritual tendo um ataque cardíaco”. Certo dia, buscando resposta para todo esse acontecido, no gabinete do atual responsável pelo templo à secretária deste sacerdote incorporou o falecido sacerdote e falou: “Deus fez justiça comigo, eu só pensava em arrecadar donativo para que o templo que eu dirigia se tornasse cada vez prospero. Para mim a vida humana não significava nada. Retornei para o vale dos suicidas onde vejo a morte da menina e o suicídio da pessoa que eu não dei importância de segundo a segundo. No julgamento de meus atos aqui no mundo espiritual vou ficar trinta anos vendo a mesma cena do crime. Isto foi uma forma que Deus determinou para eu me educasse e nunca mais cometesse o mesmo erro. A vida humana é mais importante do que querer provar a fé de alguém”. Quando acabou a incorporação o sacerdote disse que aquilo era ação do demônio e, que eu, era o culpado porque queria explicação numa coisa que foi determinada por Deus. Fui expulso desta religião. Depois de ouvir tudo com amor e paciência, eu disse a ela que tudo era verdade e que o mundo espiritual existia e que esse sacerdote veio ao nível material solicitar perdão a família pelo seu ato impensado. Ele ficou aliviado e se despediu de mim com profunda tranquilidade. Dias depois em gratidão trouxe um presente para me agradecer.

Paulo Sergio Monteiro Garcia.

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