ENSINAMENTO DA
VERDADE
Data da publicação, 18 de julho de 2015.
Mokiti Okada é filosofo e cientista religioso.
Respeito do espírito da palavra
Na Bíblia está escrito: “No
princípio era o Verbo. Todas as coisas foram feitas por ele”. Isso se refere à
ação do espírito da palavra. Começarei explicando o significado fundamental
dessa expressão. A palavra, naturalmente, é constituída e emitida pela ação da
voz, da língua, dos lábios e do maxilar inferior, mas a origem dessa emissão,
não resta dúvida, é o pensamento, que se manifesta em forma de palavras. O
pensamento é a manifestação da vontade. Suponhamos
que surja no ser humano alguma vontade. Para manifestá-la através de palavras,
o pensamento entra em ação. Naturalmente, na ação do pensamento ocorre o
discernimento do correto e do incorreto, do bem e do mal, do sucesso e do
insucesso, etc. O conjunto disso é a inteligência, e sua manifestação é o
espírito da palavra; a materialização do espírito da palavra é a ação. Baseado
neste princípio não estaremos equivocados se dissermos que existem três níveis:
pensamento, espírito da palavra e ação. Assim, o pensamento está ligado ao
Mundo Espiritual; o espírito da palavra, ao Mundo do Espírito da Palavra; a
ação, ao Mundo Material. Isto é, o espírito da palavra fica entre o oculto e o
manifesto. Pode-se dizer que ele é mediador entre o pensamento e a ação. Através
disso, poderão compreender quão importantes é o seu papel. O espírito da
palavra é semelhante a uma marionete: a manifestação da alma ou do espírito
fica à sua mercê. Irritar as pessoas ou fazê-las rir, preocupá-las ou tranquilizá-las,
entristecê-las ou alegrá-las, provocar conflitos ou paz, obter sucesso ou
insucesso, tudo depende do espírito da palavra. Usá-lo de forma leviana é muito
perigoso. Por outro lado, apenas manejar habilmente o espírito da palavra, não
passaria de uma simples técnica. A pessoa se assemelharia a um humorista,
comediante ou comentarista. Se na base do espírito da palavra não houver força
para a manifestação de um grande poder, não há qualquer sentido. Mas,
tratando-se de força, existe a benigna e a maligna. Ou seja, o espírito das
palavras malignas constitui pecado, e o espírito das palavras benignas
constitui virtude. Assim, o homem deve se esforçar para usar o espírito das
palavras benignas. Nestas, evidentemente, o fundamental é o “makoto”, que se
origina de Deus. Portanto, não há outro recurso senão reconhecer a existência
de Deus. Se a pessoa não for religiosa, não conseguirá manifestar o verdadeiro
makoto, e por isso não se manifestará a força benigna no espírito da palavra.
Meishu-Sama em
1950.
Extraído do Livro Alicerce do Paraíso, volume 4.
Paulo
Sergio Monteiro Garcia.
Minpaulogarcia.blogspot.com.br
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